
Você não pode mudar o que sente, mas pode aprender o que fazer com seus sentimentos. Nós do LIV – Laboratório Inteligência de Vida – acreditamos nesse conceito e por isso levamos para escolas de todo o Brasil um programa de educação socioemocional que ajuda estudantes a conhecerem seus sentimentos e a desenvolverem habilidades para a vida.
Você não pode mudar o que sente, mas pode aprender o que fazer com seus sentimentos. Nós do LIV – Laboratório Inteligência de Vida – acreditamos nesse conceito e por isso levamos para escolas de todo o Brasil um programa de educação socioemocional que ajuda estudantes a conhecerem seus sentimentos e a desenvolverem habilidades para a vida.




A Guerra do Vietnã foi um conflito armado ocorrido entre os anos de 1959 a 1976 em que o Vietnã do Norte e o do Sul pegaram em armas para lutar pela unificação do país. Até o final da Segunda Guerra Mundial, a região vietnamita era dominada pela França, cuja ocupação iniciara em meados do século XIX.
Essa guerra se tornou símbolo da Guerra Fria, pois a região norte do país era influenciada pelo comunismo, e a do sul, pelo capitalismo. Os Estados Unidos enviaram tropas para o Vietnã, porém foram derrotadas pelos guerrilheiros do norte. O país asiático foi unificado em 1976.
Resumo sobre a Guerra do Vietnã
-
A Guerra do Vietnã foi um conflito armado envolvendo o Vietnã do Norte e o Vietnã do Sul.
-
Influência da Guerra Fria: Norte (comunista) e Sul (capitalista).
-
Os Estados Unidos entraram definitivamente na guerra, na década de 1960, ao reagirem a um ataque das tropas do Vietnã do Norte a uma embarcação norte-americana.
-
Opinião pública dos Estados Unidos foi contra a guerra.
-
Resultado: retirada das tropas norte-americanas e unificação do Vietnã.
Antecedentes da Guerra do Vietnã
Em meados do século XIX, as potências europeias iniciaram o neocolonialismo, quando conquistaram várias regiões da Ásia e da África em busca de matéria-prima, mercado consumidor e riquezas. A França foi uma das potências que participaram desse processo neocolonial e dominou a Indochina, região do sudeste da Ásia que envolvia:
-
Vietnã
-
Laos
-
Camboja
-
Tailândia

A Guerra do Vietnã é considerada um desdobramento direto de outro conflito que havia acontecido no Vietnã de 1946 a 1954: a Guerra da Indochina. Nesse conflito, vietnamitas vinculados ao Vietminh haviam lutado contra as tropas franceses para colocar fim ao domínio colonial da França na região chamada Indochina Francesa. Esse domínio francês predominou até a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A França, em 1940, foi dominada pela Alemanha Nazista. O governo francês se rendeu aos alemães e colaborou com a ocupação inimiga. Como o Japão era aliado da Alemanha, por conta da ocupação nazista na França, decidiu invadir a Indochina francesa. Dessa forma, os franceses continuaram seus negócios na Ásia, mas o poder soberano era dos japoneses. A Ásia passou, assim, a ser dominada por europeus e pelo Japão, que, na época, buscava construir seu império no Pacífico. Com o fim da guerra, em 1945, começou o processo de descolonização da Ásia e da África.
Os países dominados pela Europa desde meados do século XIX começaram a lutar pela independência. Grupos se formaram para materializar essa luta pela liberdade política. No Vietnã, o Viet Minch iniciou o combate contra a presença estrangeira, como a França e o Japão. Essa liga se tornou popular no norte do Vietnã, quando uma fome devastou a região entre os anos de 1944 e 1945 e a culpa caiu sobre os dominadores estrangeiros.
O Japão foi o último país do Eixo a se render aos Aliados, em agosto de 1945. Com isso, as forças imperiais japonesas ficaram inoperantes no Vietnã, e isso contribuiu para que o Viet Minch assumisse o controle do norte do país, criando a República Democrática do Vietnã. Apesar dessa tentativa de formar uma república independente, as potências aliadas decidiram que o Vietnã continuaria sob o controle da França.
A reação do Viet Minch foi um conflito armado que desencadeou a Primeira Guerra da Indochina, em 1946. O grupo vietnamita estava com dificuldades para armar seu exército, mas essa situação mudou em 1949, quando a China enviou armamentos para os vietnamitas do norte lutarem contra os franceses.
Em janeiro de 1950, a República Popular da China e a União Soviética reconheceram a República Democrática do Vietnã, com sede em Hanói, como o governo legítimo vietnamita. No entanto, Estados Unidos e Grã-Bretanha reconheceram o Estado do Vietnã, com capital em Saigon, e apoiado pela França, como o governo de fato. Assim, o Vietnã foi dividido em duas regiões influenciadas pelas duas ideologias durante a Guerra Fria:
-
Vietnã do Norte: que era governado por Ho Chi Minh, tinha capital em Hanói e era aliado à União Soviética.
-
Vietnã do Sul: que era governado por Ngo Diem Dinh, sua capital era Saigon e era aliado aos Estados Unidos.
Durante essa conferência, também ficou acertado que a unificação do Vietnã aconteceria a partir dos resultados das eleições gerais de 1955. No entanto, o governo do Sul recusou-se a participar das eleições, alegando não acreditar na capacidade do governo do Norte em conduzir eleições livres. As tensões existentes entre as duas nações faziam parte do contexto de bipolarização da Guerra Fria.
O governo de Ho Chi Minh mantinha milhares de guerrilheiros infiltrados que realizavam atos de sabotagem no Vietnã do Sul. As tensões entre os lados aumentaram gradativamente no período de 1955 a 1959, e Ho Chi Minh, líder do Norte, convocou seus guerrilheiros para promover ataques contra o Vietnã do Sul. A Guerra do Vietnã foi iniciada sem uma declaração formal de guerra.
Os exércitos norte vietnamitas eram compostos pelos guerrilheiros vinculados à Frente Nacional de Libertação, mais conhecidos como vietcongues, e por soldados regulares enviados pelo governo de Ho Chi Minh. Soldados regulares dos exércitos sul-vietnamitas e tropas americanas, auxiliadas por estrangeiros, compunham o outro exército.

Interferência americana
A guerra no Vietnã seguiu durante anos sem que os Estados Unidos participassem diretamente do conflito. Nos primeiros anos, o papel dos Estados Unidos no conflito foi o de fornecer armas e conselheiros militares, que faziam o treinamento dos exércitos sul-vietnamitas. No entanto, essa política americana alterou-se com Lyndon Johnson no poder.
Até 1963, com o assassinato do presidente norte-americano John Kennedy, a participação dos Estados Unidos na Guerra do Vietnã foi logística e por meio do envio de armas para os soldados do Vietnã do Sul. Com a posse de Lyndon Johnson, a postura dos EUA com o Vietnã mudou.
A participação efetiva dos Estados Unidos no conflito ocorreu após o Incidente do Golfo de Tonquim, em agosto de 1964. Nesse incidente, a embarcação americana USS Maddox foi atacada duas vezes por torpedeiros norte-vietnamitas. Os ataques, nunca comprovados pela marinha americana, foram usados como pretexto para a aprovação de resoluções que permitiam o envio do exército americano para a guerra vietnamita.
O Vietnã do Norte lutava contra os inimigos do sul usando a tática de guerrilha. Por conhecerem o local onde estavam lutando, puderam usar armadilhas ou atacar o inimigo mediante emboscadas. Muitos soldados norte-americanos perderam suas vidas por conta da falta de adaptação ao clima ou terreno do Vietnã.
Essa participação americana no Vietnã foi polêmica e foi marcada pela violência cometida contra civis em pequenas aldeias no interior do país. As tropas americanas usaram bombas incendiárias, como o napalm, e armas químicas, como o agente laranja, para destruir plantações e desfolhar as árvores de florestas, que eram usadas como esconderijo pelos vietcongues.

Por causa dessa extrema violência, o governo americano passou a ser alvo de grande pressão popular para a saída do conflito à medida que as imagens da guerra eram divulgadas e a quantidade de mortos no exército americano crescia. Os protestos pelo fim da participação americana na Guerra do Vietnã aconteceram principalmente com os movimentos de contracultura, que estavam em alta na época.
As imagens da Guerra do Vietnã foram usadas pela imprensa e os opositores do conflito para motivar a opinião pública a se posicionar contra o envio de tropas para a Ásia. Vários grupos que defendiam os Direitos Humanos se manifestaram contra a guerra e pedindo a paz mundial. Artistas e intelectuais participaram dessas manifestações. O lutador de boxe e campeão mundial Muhammad Ali foi convocado para a Guerra do Vietnã, mas se recusou a ir. Esse seu posicionamento se tornou um dos símbolos da resistência contra a guerra.
Essa pressão popular, aliada a anos em um conflito que parecia não ter fim, levou o presidente americano Richard Nixon a propor um cessar-fogo com as tropas norte-vietnamitas. A assinatura desse cessar-fogo deu fim à participação americana na guerra em 27 de janeiro de 1973. Em junho do mesmo ano, o senado americano aprovou ainda emenda proibindo novo envolvimento do país na guerra.
O governo do Vietnã do Sul, que a essa época era governado por Nguyen Van Thieu, ficou sem o apoio dos Estados Unidos e foi incapaz de conter os avanços dos exércitos comunistas do Norte. A cidade de Saigon foi conquistada e renomeada para Ho Chi Minh pelos comunistas em 1975. Com a derrota do governo sulista, o Vietnã foi reunificado sob um governo comunista a partir de 1976.
Basicamente, os combatentes na Guerra do Vietnã eram as forças nacionalistas, que, desde o final da Segunda Guerra Mundial, já se articulavam pela independência do país e a expulsão dos invasores estrangeiros, bem como as potências europeias decididas a manter seu domínio na Indochina. Além disso, as superpotências da Guerra Fria, Estados Unidos e União Soviética também interferiram no confronto armado na Ásia.
Acredita-se que, ao longo dos anos de conflito, pelo menos 1,5 milhão de pessoas tenham morrido e que esse número possa ter alcançado os 3 milhões de mortos. Os exércitos americanos acumularam 58 mil mortos durante os anos de envolvimento na guerra.

Fim e consequências da Guerra do Vietnã
Por conta do grande número de baixas no exército dos Estados Unidos que lutava no Vietnã e a pressão da opinião pública, o presidente Richard Nixon assinou, em 1973, o cessar fogo e autorizou o retorno das tropas norte-americanas para casa. Em 1975, as tropas saíram definitivamente do Vietnã. Essa saída foi comemorada pelo Vietnã do Norte e considerada uma vitória tanto contra os combatentes do sul como contra os Estados Unidos. No ano seguinte, o país foi unificado.
Ainda hoje, as feridas da Guerra do Vietnã ecoam nos Estados Unidos. Em qualquer conflito a que os norte-americanos enviam tropas, as memórias dos combates na Ásia vêm à tona, seja como a dor da morte em combate, seja por evitar a repetição dos erros cometidos. As manifestações contra qualquer tipo de guerra são associadas àquelas ocorridas nos Estados Unidos, entre 1960 e 1970, pela paz mundial e pelo fim da Guerra do Vietnã.











